05 dezembro 2008

O Piço do homem (Frase atrbuida a um dos Mais Maiores Grandes do Mund)

O piço do home, é talvez das piores cruzes que um home carrega na vida.
Não levando o tópico à letra...isso seria um daqueles livros sem fim...remetemos a expressão "piço" ao peso que um homem leva nas cruzes, quer seja por defeito próprio e de nascença quer seja por magoa, ou arrependimento.
Remeto-me a este triste tópico, porque nunca foi por aqui analisado, nem sequer houve oportunidade de alvejar a questão nos modos que merece...Como a narça do autor já vai longe, basicamente "se foda", o pessoal percebe o que vou dizer.
Ao fim de algum tempo sem postar qualquer merda, venho hoje falar do piço...nao temáis, o Home continua firme não cedendo às tentações efeministas dos Lisboetas. O Home quer sim explicar o tormento por que passa cada vez que mete um copo de bom Bino às trombas.
Falando outro dia com a "Guerra", um dos quatro sábio da Pensão como sabéis, fui-lhe pedir por esclarecimentos...precisava de ver a luz...necessitava de orientação...
Passo a explicar....
Já sabéis que me sucedeu e por onde ando...por estes azimutes é difícil encontrar quem partilhe do gosto pelo bom Bino, quem partilhe o gosto por boa carne de porco, ou vaca, e por vezes até é difícil encontrar quem partilhe do gosto por fêmeas roliças, curvilineas, e afalfáveis....
Acontece, por vezes em Jantares, e levando o quarto copo de bom Bino à boca, que o mundo à nossa volta pára, literalmente...................Os Lisboetas ficam olhando para nós.............Olham como se olhou para o golo da grécia contra Portugal, olham como quando se vê o nuno Gomes falahr um golo, olham com aquele desdém de quem pensa:"Queres ver que ele vai mesmo consumir um quarto copo de vinho?!!" A admiração é geral!!! e o Home pensa que está sozinho no mundo, o Home pensa que tem de se controlar sob a pena de ser apelidado bebêdo.
Claro que estimo que todos se fodam...ser apelidade de bebêdo, bruto, machista ou homofóbico é das maiores glórias que um verdadeiro pode receber, no entanto, Um, sente-se perdido.
O efeminismo deturpa as mentes, o Home sente-se sozinho, perdido, no meio desta paneleiragem geral, paneleiragem esta, que não sente estimulos ao ver um bom par de tchopas aos saltos, ou que, veja-se isto, encontra divertimento em estragar o Bino do Home pondo-lhe pimenta e depois expressando mostras de contentamento...Houvesse Homes ainda neste mundo e aquelas faces nunca mais postavam um sorriso
Como tal procurei ajuda num dos mais sábio do nosso tempo, provavelmente ficando logo a seguir ao Apalpado - não esqueçáis que o Apalpado foi o autor da mui bela e gloriosa frase "Enchia-te essa tripa com meita" - Tó Mik, com aquele pausar, meditacional, referiu: "Chama-se a isso alcoolismo na sociedades modernas".
É assim.....Quem se expressa desta maneira merecia um lugar no Panteão Nacional, e refiro-me ao Convento de Santa Cruz, em Coimbra.
Ao ouvir sábias palavras o meu alento logo se alevantou, logo senti um arrepio na espinha como quando vemos um rabo perfeito nas nossas mãos.
Verifica-se mais um vez que os Pensionistas descendem dos Velhos Homes desta Nação e como tal são o patilhão que orienta este País, a missão é dura e sem sucesso, mas temos de preservar o que resta deste País, e como tal temos de carregar este "piço".
Ao beber o quinto copo de vinho penso, agora, um dia da extinta Pensão pra cada um era suficiente....

15 outubro 2008

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe." (Oscar Wilde)

E foi-se...

Suspirou-se o último pó, o último bafo a Bino, o cheiro do mofo, o cheiro inegualável de uma cozinha que entranhou horas de podridão Dionisíaca.
Fizemos inveja ao próprio deus do Bino, que por várias vezes tocou no sino da pensão, mas a narça era de tal ordem, que ninguém se alevantou para abrir a porta... .
Saboreou-se pela última vez um febra assada naquele fogão cujo o exaustor (figura de espressão pois ele não existia) pingava gordura...da boa, entenda-se.
A festa foi tal que as baratas vieram em força aplaudir os últimos números, e a audiência, atenta, suspirou quando acabamos o último "I want to know what love is".
E podia divagar, divagar, e divagar mai uma pouca acerca das inúmeras e fantásticas situações por nós criadas e vividas no interior de quatro paredes, num sexto andar.
Mas durantes umas valentes horas, durante vários dias e várias noites, ou dias e noites de rajada, esta frases serviu quem nem aquela restia de Bino numa noite de borratchera em que chegamos a casa e só restam as borras no fundo do garrafão...

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe." (Oscar Wilde).




Tudo acabou em 20 de Setembro de 2008... .

28 julho 2008

Aprece dizer....

O crepúsculo da Humanidade aproxima-se...o homem está definitivamente perdido....
Hordas de efeminados, guiados por bichas e paneleiros, parecem querer tomar as terras e os seus confins mais resistentes...as gentes padecem....
No seguimento deste novo paradigma, Nós Pensionistas tentamos resistir, tentámos mostrar ao mundo valores e acções já esquecidos que só figuram em velhos livros de Histórias, que hoje a Historiográfia "Efeminista", tenta desacreditar e deturpar.
Nós descendemos daqueles que tomaram parte das batalhas, aqueles que beberam do bom Bino e da bela Survia nas vésperas, aqueles que estraçalharam a ração e a repartiram entre os comensáis, aqueles que "mandaram" a última antes da madrugada que antecedia a batalha numa bela roliça de boas curvas e rijas carnes, e aqueles que antes do primeiro tiro chocaram as rústicas taças de latão.
Mas gentes destas somem-se aos poucos....
Darwin estava errado - Não é a Lei do mais forte que prevalece no mundo dos Homes, são os EFEMINADOS que subsistem....aqueles que não arriscam, que não vivem, aqueles que nunca foram para o hospital com dores causadas pelo bom Bino, aqueles que nunca desejaram arrebentar as trombas a um qualquer pedestre, só porque sim, aqueles para quem o por do sol é lindo, cheio de mágia e poesia, aqueles para quem a vodka com limão é a bebida da noite....esses é que ficam, esses é que subsistem, pois os outros, os outros....esses....morrem cedo.
Darwin errou....Errou porque não equacionou que os seres pensantes podem fugir e desviar-se aos cataclismos e assim subverter a Lei da Madre Natureza...um Home carregado de Bino que queira "castigar" um efeminado, nunca, nos dias de hoje, em que armas com virotões e espigões são proibidas, o poderá fazer!!! Porque esta sociedade, impregnada de perfumes e cremes, não o permitirá, e gritará bem alto: "Os animais são nossos amigos!!!".
É nesta globalização da paneleirice e do efeminismo que vos falo dos últimos dias da Pensão ... a decadência apodera-se da Estrebaria, e o fim está próximo.
Sabemos pois, que quando uma espécie estranha é inserida numa determinada cultura, tende a apoderar-se dela ou pelo menos a causar grande destruição.
Foi o caso...a introdução de dois exemplares da espécie "PutasdemerdahaviamdemorrercomSIDA", acelerou a já inevitável, desagregação da Pensão. Eram exigidas as maiores honras e respeitos daquelas espécies, já que por nossa pena foram autorizadas a habitar a pensão, tal espécie inferior, que apenas comparo aquele bocado de meita que escorre após a satisfação imediata, que serve apenas para incomodar as pessoas, e obriga-las a uma passagem pelo banho.
Deixo-vos, sem me alongar por ora, uma das últimas lições de vida, mas que já devieis saber. Não se confia nas fêmeas, não porque eventualmente não sejam merecedoras da nossa confiança, mas porque como qualquer ser originario de outro (Eva e Adão) só pode vir com defeitos, pois nenhuma sequela algum dia superou o original.

10 março 2008

Porque houve Homes que viram a Luz antes de Nós

Os leitores assiduos, se é que os há, já devem ter reparado que isto tem vindo a váriar de tamanho de letra.
Começou em grande, mas a pujança foi-se de fininho, como um Home em dia de borratchera...no começo as roliças são lindas e quase todas afalfáveis, mas se o Bino toma conta de nós no memento da verdade as coisas ficam mais complicadas...é o Fim.
É o que se passa com este antro de podridão, igual às descargas de frutas em locais menos apropriados aquando do começo da PAC, ao fim de um certo tempo fede pra todos, menos para os que estão habituados à coisa.

Deixo-vos, mais um, um dos Nossos, um daqueles que tal, daqueles que a gente sabe, aliás, alguns de Nós sabemos...infelizes os outros...


“Deve-se estar sempre embriagado. Nada mais conta.
Para não sentir o horrível fardo do tempo em que esmaga os vossos ombros e vos faz pender para a terra, deveis embriagar-vos sem tréguas.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude.
À vossa escolha. Mas embriagai-vos. E se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na erva verde de uma vala, na solidão baça do vosso quarto, acordais já diminuída ou desaparecida a embriaguez, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo que foge, a tudo o que geme, a tudo que rola, a tudo que canta, a tudo que fala, perguntai que horas são.
E o vento, a vaga, a estrela, a ave, o relógio vos responderão: “São horas de vos embriagardes. Para não serdes os escravos martirizados do tempo, embriagai-vos sem cessar.
De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha”.

Charles-Pierre Baudelaire, vulgo "antecessor dos Mais Maiores Grandes do Mundo Todo"

05 março 2008

Adeus às Armas

Creio que nunca irei para o paraíso muçulmano, espero até não ir...esta minha curta experiência de vida mas já com Kilometragem semelhante a um 19oD táxi, permite-me afirmar que trocava 72 virgens por 7 vacas e dois garrafões de vinho.
Tão pouco irei para o céu Cristão, os tormentos, e torturas já infligidos levarão São Paulo a fugir à regra do código de Leis Divino (Bíblia) e nem com a minha confissão me safo de um chuto nas nalgas.
Caso me fosse dado a escolher ficaria, sem dúvida alguma, no purgatório Pensionista, morrendo afogado em Bino todos os dias e ressucitado na manhã seguinte, ao cheiro de febras...
Serão os mares de nafta em chamas e as praias de carvão em brasa, cheias de Brasileiras desdentadas, o meu destino...ao menos o demónio, primo do Dionisos, é detentor do melhor Bino, aquele roubado ao franceses durante a ocupação Nazi.
Tenho no entanto de me expiar de pecados e cometer umas boas acções enquanto ca se habita...Tenho de dar o braço a torcer, ao Beiranus de gema A Peste, não fosse este Beirão, Home de valor, descendente dos que lutaram contra Romanos, Leoneses, Castelhanos, Muçulmanos, Franceses e quinteiros de Valverde.
Home que trabalhou a terra, que plantou a videira, que colheu a Uva, fez o Bino e numa malga de barro deu a beber a outros da mesma cepa.
Home que partilhou do sentimento "anti-xaligu" ao frio e à chuva. Resistiu aos tormentos e provocações de uma noite de latada, Home que viu o copo de cerveja esvaziar-se, e não perdeu a cabeça, até que toda a dialética capitalista Xaliguniana estivesse assente, e compreendida.
Tenho de afirmar, como Baudlaire postou "Deve-se estar sempre embriagado. Nada mais conta(...)" que o anterior Post "Anunciação" foi o melhor já por aqui postado, e ganhará sem duvida o prémio de murro na ventas mal estejas com os copos.
O anúncio do fim, não é, no entanto, o fim da coisa em sí, porque as coisas perduram no tempo, e o tempo perdura é com coisas, e coisas com estas houve poucas, e menos ainda haverá no futuro, já que estudos empíricos, levados a cabo por Nós, os Pensionistas, revelam que o mundo esta a evoluir para o efeminarismo animalizador, e que os Homes verdadeiros estão a desaparecer, ficando remetidos, quase todos, aos recantos menos povoados da Beira, onde o Bino ainda brota das Uvas e os Homes ainda se degladiam porque o vizinho espirrou para o quintal do compadre.
Dizo com isto, pois, que haverá mais postas de bacalhau, aliás, houvesse tanto bacalhau nos mares como posts que podem aqui ser espalhados e acabariam os amigos dos animais por se suicidarem, aqueles que são vegetarianos porque têm pena da maneira como morrem as vacas, não se lembrando que a merda do peixe que comem morre de maneira inglória e torturante.

Anunciação


“I want to smell your codfish Maria” – Dijas na Pensão


Como todos sabem, aqueles que costumam frequentar a Nossa Casa, sejam ex-residentes, pensionistas, comensais ou o resto do Mundo, que toda a coisa tem uma existência afirmada temporalmente e, assim sendo, ela aparece no Mundo, lá anda e acaba por morrer materialmente. Penso que é mais ou menos isto.
Babilónia, Filisteia, Grécia, Roma, Napoleão, o Terceiro Reich, a Elsa Raposo… a lista podia continuar ad nauseam enumerando Impérios que, de fracas e bambas estruturas como as pernas do homem quando se emborracha, são corroídos por pestes e pragas que acabam por deteriorar as próprias fundações até que, finalmente, colapsam, sendo somente relembrados com saudosismo e romantismo pelas crónicas.
Infelizmente, é com muito limão azedo na boca que digo que, após a Nossa última estadia na Pensão In Vino™, se sentiu o vento frio de Waterloo: a Anunciação da Morte da Nossa Casa. Afinal, todos os sinais apontavam já nesse sentido:

1. A saída sucedânea dos vários Fundadores e a entrada de outros inquilinos (aliás, inquilinas);

2. A inevitável reestruturação da Base de Comer e Beber à Cona da Mãe, da Sede do Império Barrondínio, o que Lhe quiserdes chamar, com equipamento desnecessário como micro-ondas, máquina de lavar, que só ocupa espaço
[1] e que, para além de foder esteticamente o bonito que era a Nossa Cozinha, transformou-A num apaneleirado Salão de Chá (vá lá, que deixaram ficar os papéis nas paredes);

3. O renitente assentimento das nossas estadias com sorrisos no fundo da boca e sem dentes brancos davam para entender que já não éramos muito bem-vindos mas, como sempre, estava tudo demasiado borratcho para ter reparado com cabecinha.


Isto foi mais ou menos como quando a cristandade chegou a Roma sorrateira e mesquinha pelos esgotos, a seguir foi só soar nas trompetas a música dos Ralph Stripyder, acabar a Festa e “pouco barulho”: os sinais eram Braillemente evidentes, estavam lá, todos os viram, contudo, não pudemos fazer nada, porque por vezes não sentimos o Fim chegar ou não o queremos ver, assim como um gesto carinhoso num filme porno: enternecedor mas pouco provável. Foi quando a depressão e os quarenta irromperam Elsa adentro; Nós, só pudemos assistir inconsoláveis ao Sex Appeal na Sic Gold e relembrar aquelas mamas com ar de Porcina e o bigode adolescente outra vez...

Como havia anteriormente referido, a gota d’água foi quando no Nosso último FDSA
[2]. Contrariamente à situação que depois viria a acontecer, tudo Nos prometia um Sábado de Borracheira Bárbara e de Convívio Extremo, visto ser 14 de Dezembro: íamos estar lá os Quatro, quatro representantes do mais Puro-sangue Beirão, Oleirense[3] e Flaviense para mostrar que o Homem ainda curte à antiga.
Curtimos, sim senhor e muito. Já não me lembro muito bem como mas foi quase abuso de curtir; o que não foi bom, todavia, foi chegar a casa e, quando tudo já estava mudo e quedo, uma actual inquilina mandar tudo fora e que isto e o outro e que o caralho. Triste de se ver e de se ouvir, principalmente quando a situação poderia ter sido evitada pela mesma inquilina: há gente burra como o caralho.
Assim, e de forma conclusiva e fatal, declaro funestamente, por minha parte, a Morte Daquela Casa, a que foi a Mai Maior do Mundo; onde neste não cabiam afrontas, heresias e borracheiras que tais, foram proclamadas as novas leis acerca do Funcionamento do Universo, da Política, da Geografia, Leis dos Paradoxos, Ortografia, Botânica, Zoologia, Linguística, tentou-se provar a existência ou não de homossexuais no Norte do Nosso Lindo Portugal; certo indivíduo chorou que “o amor é uma ilha e eu sou um náufrago”
[4]; Meu Deus! E que poético paradoxo como “deixa entrar a luz da noite”[5], vão ficar por balbuciar; onde surgiu a ideia de organizar o BarrondFest que iria juntar os três povos mais bêbados do Mundo: Portugueses, Russos e Irlandeses; onde surgiu a grandiosa ideia de Alevantar o Esplendor do Portugal através de uma sebastianista indústria extremamente lucrativa, ainda que bastante sombria, em que os xaliguns[6] detinham um papel preponderante: sendo escravos ou matéria-prima para alimentar os demais compatriotas; onde se organizaram colóquios nos quais só não aprendia quem não queria: tal era a Pedagogia Barrondínia, que como sangue de uva, discorria eloquentemente, qual Banquete platónico, através de caralhadas e eleições de Miss Porcina 2006/7, o Caos e a Nova Idade Média no Mundo. No fim, sobra-nos só ler esta bacorada e a resignação de termos de nos emborrachar noutro sítio, sem que seja em Casa, a ouvir, em delirium tremens, o I Wanna Know What Love Is.



[1] Que antes era para pôr lixo, jogar jogos T21s-type com rolhas, colheres de pau e garafas de Compal vazias e fazer círculos de fogo no chão com álcool, e. g.
[2] Fim-de-semana Alucinante.
[3] Sim, porque apesar de Beirões, os Oleirenses descendem de uma fina miscegenação de Orcs nórdicos e bêbados árabes. Esta teoria é discutível porque toda a gente sabe que os habibis não bebem.
[4]Autoria do mui ilustre filósofo candidato a Dux, Cabeça.
[5] Tamagoshy, aka: A Morte.
[6] Chineses.

O AUTOR

21 fevereiro 2008

Fragmento Georgiano H.P. Lovecraft

Este poema (originalmente sem título) integra o conto "A Tumba".

Cheguem-se mais perto, meus rapazes, com as canecas de Cerveja,
E bebam ao presente, antes que acabe;
Que cada um empilhe uma montanha de carne no seu prato,
Pois comer e beber dá-nos alívio:
Então encham os vossos copos,
Que a vida logo passará;
Quando estás morto, nunca bebes ao teu rei ou à tua mulher!

Anacreonte tinha um nariz vermelho, assim diziam;
O que importa se tem um nariz vermelho se és alegre e feliz?
Deus me parta! Prefiro ser vermelho enquanto estou aqui,
Que branco como um lírio - e morto a metade do ano!
Então, Betty, minha dama,Anda cá dar-me um beijo;
Que no inferno não há filha de taberneiro como esta!


Jovem Harry, emborcando o mais depressa que pode,
Logo perderá a peruca e atirar-se-à para baixo da mesa,
Mas encha as taças e passe-as adiante;
Antes embaixo da mesa que embaixo do chão!
Portanto, festeje e brinque
Enquanto bebe sedento:
Debaixo de sete palmos de terra é menos fácil rir:

O Diabo bate-me fortemente! Eu mal posso andar,
E maldito seja eu se sou capaz de me levantar ou falar!
Aqui, taberneiro, mande a Betty trazer uma cadeira;
Vou tentar ir para casa um pouco, que a minha mulher não está lá!
Portanto, dê-me uma mão;
Eu não me estou a conseguir levantar,
Mas sou feliz enquanto estiver em cima da terra!

Muitos de vós não perceberão puto deste poema... alguns de vós irão almejar a percebe-lo... alguns, poucos, para não parecer mal, para alcançarem a pseudo-intelectualidade que vos dá "status", irão falar dele quando vos apouver, irão cita-lo num qualquer jantar em que uma personalidade importante goste do Bom Bino, irão até ousar dissertar sobre ele... Mas poucos, muito poucos, de NÓS, muito poucos, sabem bem o que quer dizer, ao que sabe, ao que cheira, e o que se sente!!!

13 dezembro 2007

Prólogo: Felídeos StrayCatus



Em dia incerto, como nos habituou a onírica tradição milenar das Epopeias, um descontraído certame reuniu as duas classes mais fraquinhas da Augusta e Sempiterna Imperial Tertúlia In Vino Veritas: o operariado ou Bagos e os burocratas ou Mostos.
Certamente que os temas de conversa foram bastante interessantes na então ainda mortal Estrebaria Pateo da Inquisição (mas isso é assunto que não interessa agora[1]), o que importa reter, por ora, é que todos os presentes estavam estúpida e parvamente em-buídos de um cuidadíssimo bucolismo bárbaro e de hostilidade mesclada de bino, sangue e nervura de double-touch[2]
.
Foi assim que um desses burocratas e um outro Bago souberam que o Coturno Hipócrates, o Médico mantinha junto de si uma espécie da sobejamente conhecida e apreciada raça dos Felídeos StrayCatus e, como brevemente lhe seria impossível continuar com o bicho em sua casa, procurou saber junto de Nós se o queríamos como bonito adorno interactivo na Nossa Casa.
O sucedido faz-me reportar a memória a uns meses antes desta data, quando o mete nojo por querer a Vida e o Mundo fofinhos como o cotão de idealismo cassete que traz no umbigo da sua vasta e frondosa barriga de Barrondo, vinha a comer a cabeça do homem com os “porque os gatos são bué fofinhos” e “isso não se faz”, etc. No fim desta merdice toda, foi-nos penoso reconhecer, passado o quase infindo quarto-de-hora, que as nossas nobres intenções haviam sido frustradas: Porkis havia ganho uma pequena batalha…e lá suspirou de alívio.



Quando Coturno, o Médico nos deu a saber que tinha um gato para nós, rejubilámos; o Porkis ainda não sabia de nada.
A noite de brutal Borracheira lá se passou, a bem ou a mal, como sempre se passam estas coisas: o Tó Barrondo mandou uma patética, ainda que artística, palhaça ao percorrer no sentido descendente das Escadas de Montarroio; bateu com o focinho no chão que por sádica vingança lhe deixou um olho negro.


Já em casa fizemos-lhe bonitas tatuagens pelo seu epidérmico tecido fora, em que conviviam com um apurado tacto e bom-gosto jogos do galo, desenhos vários com frases onde marcavam destacada presença palavras nobilíssimas como piça, cona, etc.
No dia seguinte, quando acordámos obviamente não nos lembrávamos da merda que tínhamos feito, isto é, do compromisso que tínhamos que honrar. Não passou muito tempo até que Coturno, o Médico se apresentasse de corpo presente no Nosso faustíssimo hall com um asqueroso e vil e peçonhento animal portador de mil pragas que comummente toma o dissimulado nome de gato. Penso que foi mais ao menos isto, se a memória não me falha, mas costuma falhar, todos sabem do que falo.

Apesar daquele pouco simpático sentimento de recepção e conscientes das aplicações para nós terapêuticas da dor que aquele bicho iria suportar, invadiu-se-nos quase de imediato uma linda coloração pós-psicadélica respirável tipo epifania hippie: enfiámos o r
espectivo biqueiro de boas-vindas ao animal, de forma entusiástica e kickboxeante à guisa de S. Alex. Todavia, nem todos viram o gato como o Natal-mais-cedo, o Porkis Mãozinhas[4] de bêbado rançoso e arrastável que chateava demasiado o que de melhor há nesta Vida (as mulheres) na noite anterior passou a Homem-Santo do Sri-Lanka; por outro lado, Tó Barrondo, a Guerra-Temporariamente-Com-Um-Olho-Negro, desiludindo tudo e todos, para além de não ter espetado o Biqueiro Iniciático naquela coisa estúpida, deixou perpassar uma fobia e repulsa quase deprimentes por um ser tão fraco e meloso como aquele que sucumbia a cada biqueirada e se contorcia já só com a dissonância grotesca dos nossos risos. Como deve dar para reparar, através destas saudosas e dolentes memórias, a minha desilusão foi como se um mitra me viesse assaltar, pedisse o cartão de crédito e eu, por não saber de facto o código deste, fosse esfaqueado porque o atrasado mental pensava que lhe estivesse a mentir. Foi como me senti quando vi que o Porkis e o Tó Barrondo não queriam pontapear o gato: a esvair-me de vergonha católica por não saber o que toda a gente sabia. Como se pode facilmente constatar, isto é mentira. Importa salientar que nestas crónicas soap-homeric-type o narrador é levado, por vezes, sob Oculta e Soberana Mão, a tornar estes sentimentos tão in extremis; se bem que, por vezes, o nojo ao Porkis por ser tão amigo do Mundo Todo como o outro velho nazareno ou mesmo o Chavéz quando dá petróleo a toda gente, é mais puro que o corrimento menstrual de uma virgem do paraíso muçulmano.
A atitude destes dois, por não ter comungado em uníssono com a nossa, fez-nos repensar a antiquíssima questão “que caralho ando aqui a fazer?”. Depois de findado este existencialismo fraco, que não se confundiu substancialmente com as nossas gordurosas e sapientes paredes da Cozinha, o meu hábil companheiro de Fazer-Muita-Mas-Muita-Merda atou o Judas ou Iscariotes ou um big-map[5]
(que já não me lembro do nome que demos ao animal) com fitas de plástico, das que servem para a construção, etc. de tal maneira que me foi bastante moroso desfitar o animal que fora previamente atado desta forma:

Devo admitir aqui a minha fraqueza justificável pela minha mortal condição; mas tal como a grande frase do grande Charles Bukowski[6] demonstra, isto foi sol de pouca dura e as fraquezas tendo sido arredadas e tombado o paladino baluarte da Razão e do Bom-Senso, comunguei com os meus companheiros do Desprezo e do VanDammismo que muitas vezes peripatetiqueia entre nós, enfiando mais uns quantos biqueiros e rindo-me, qual Bêbado miserável, à custa da sua própria conduta.

Em jeito de conclusão, resta-me apenas dizer que este prólogo atrasado tem a função de isso mesmo: de prólogo que faltava ou, se quiserdes, de sinal adivinhatório àquilo que se foi sucedendo na Nossa Casa, Casa onde barronda e Dubaimente se enfardaram febras de penálti (ou tentou-se) e, de sede tal, quase se comeu o vidro que o vinho veste à sua volta, enquanto o Mundo definhando acabava por morrer lá fora, esquecido até que o Apalpado trazia mais uma box de Pedra D’Urso.

Benedictus Dominus noster que dedit nobis signum




[1] Para breve o ensaio “O Discurso de S. Alex aos Bagos: Da Desenvoltura Deselegante Do Kickboxe Ao Brilhantismo Apoteótico Franciscano”, pelas edições PensãoInVino™.
[2] Bitoque, para os toys não percebentes do inglês, que só é a segunda língua melhor do Mundo.

[3] A Nossa Casa fica num 6º andar.
[4] Nome dado pelo Nosso grande amigo Cabeça . Esta denominação aplica-se quando o Porkis joga qualquer tipo de jogo de azar contra os demais, sejam cartas, dados, etc.

[5] Isto é, uma merda qualquer. Tal como foi anunciado, estará em breve disponível, também pelas edições PensãoInVino™, o glossário do vocabulário do Universo Pensionista com o título A Castidade Segundo S. Porkis: Uma Vida De Bócio Nos Colhões.
[6] Nunca houve humanidade, desde sempre.






O Autor

11 setembro 2007

OST - Remember Pensão In Vino

Numa das últimas investidas de renome em Coimbra, após horas de discussão, e argumentação (leia-se entre as linhas - grande borracheira no cornos - quem não for capaz de ler entre as linhas esta expressão é favor manter-se neste Blog, é até por ventura aconselhável entrar em contacto com qualquer membro da Pensão, pois por certo se são analfabetos a este ponto, são sem dúvida efeminados, e como tal, Nós temos temos o remédio para a cura)*, chegou-se a duas conclusões:
Primeira - A que a muzca Pimba, nós seus expoentes máximos (Jerónimo, Graciano Saga, Amarante) cria de facto um ambiente indicado para confraternizar, discutir, argumentar, debater ideias, criar novos paradigmas.
Segunda - Que precisavamos de continuar a buere Bino.
Esta discussão criou uma problemática, que até hoje faz correr muita tinta, e mote de várias conferências.O que é melhor ouvir com os copos?!
Deliciar a alma com os expoentes máximos de muzca Pimba?!
Ou ouvir a muzca saudosista dos 80´s, vulgo, a Mais Melhor Década de Sempre - Ainda o Glorioso era campeão, O Muro de Berlin dividia os bons dos maus, e claro as minis eram equivalentes a 10 cêntimos do Euro.
Questões que, como decerto entendem, dão origem a problemáticas várias, questões pertinentes que requerem o estudo de vários especialista, questões sem dúvida essenciais para o a compreensão do Mundo Pós-Descoberta dos Processos de Fermentação dos Cereais.
Podemos, e após décadas de estudos, concluir que a maior conquista do Ser Humano, foi sem dúvida, conseguir a partir de um produto, que até então nao tivera qualquer importância no evoluir do da Humanidade - a uva - criar o Bino.
Há no entanto quem ainda não partilhe da mesma opinião - "Perdoai-os Senhor que eles nao sabem o que lhes sai da boca pra fora" e ouse afirmar que a Música é sim a maior conquista dos seres Humanos.
Deixo a questão "Como se faz múscia sem um copo ao lado?!".
Não faz...como Nós - os Pensionistas - tantas vezes concluímos.





Este é o espírito, quem nunca o sentiu na espinha...bem.... vai morrer sem saber o que foi viver (Ah Caralho)




*Remédios para curar doenças que levam os homens a cometer actos de paneleirismo:

"A todolos homes qui padeçam da triste enfermedade que atormenta alguns homes deste mundo e faz los homes estender as bordas das nalgas ao pilão de outro home, devese sujeitar esse home a tais tormentos que o façam ver que solo lo colo de uma fame foi feito para agraciar o home. O home en causa, deve ser sujeito ah cura que tudo resolve, que se caracteriza por encerrar o dito home, numa dispensa, nao maior qui vinte palmos por outros vinte palmos, forrada por imagens de fame desnudas e cometendo sacrilegios con outras fames. O home serah cerrado dentro na companhia de duas boas mostras de fames, desnudas, que cuidaran de o torturar, enquanto o home ficara amarrado con cordames, vendo um film de fames desnudas pecando con outras fames desnudas. As fames que o torturam tenem la missao de lo faser Home."
in, Torturas da Sancta Inquisição Pensionista




11 julho 2007

Mai uma e coiso...

Nesta minha, triste, infeliz, completamente impensada e de atrasado mental com os pés pra cova, mudança de ares, acabei por cair em Lisboa, pelas circunstâncias que todos sabeís - sabeís, palavra tipicamente de Beirões... .
Acabei por descobrir um mundo de efeminados, maricas e poucos gajos normais. Não obstante as gajas continuam roliças e afalfáveis, assim coiso e tal, como a malta gosta.
No meio deste antro de podridão, que ambiciona, na sua insignificante, insípada e mal cheirossa maneira, alcançar e superar a nossa gloriosa cidade e Universidade, descobri que entre muitas outras coisas...é de mau tom;
- Dizer palavrões, bons, maus ou assim assim, independentemente da circunstância - por ex. o Glorioso falha um golo e esta cambada de efeminados - "que maus profissionais de desporto, não mercem o elevado ordenado com que são agraciados todos os meses" - enquanto Nós Pensionistas, Mais Maiores Grandes Do Mundo Todo diriamos com vigor e total convicção "Cambada de Paneleiros de Merda, era meter-lhe um corno nessas nalgas, ca filha da puta" acabando com o tradicional "Fodas....".
- Numa qualquer circunstância em que nos vejamos em maus lençois eles dirão - "Oh meu Deus que amarga e vil tristeza esta minha vida". Nós obviamente "Que caralho, fodas, há algum filha da puta a foder-me a vida".
- Ao menos no trânsito todos se elogiam e agraciam mutuamente....o que me faz recordar aquelas noites de copos na cozinha da divina Pensão.
É neste pormenores que se vêem as diferenças...não esqueçendo que se deixarmos escapar alguma palavra mais masculas "caralho, fodas, filha da puta" somos logos avisados para ter cuidado com a língua pois o papão anda por aí a prender pessoas assim. Fodas que Caralho nesta Merda.


A todos os maricas, e censores de palavras digo; palavrões também são palavras
Deixo-vos a mais bela prosa deste século..... por mim repetida varias vezes, nunca sendo demais relembrar;




"O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional àquantidade de "foda-se!" que ela diz.Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"?O "foda-se!" aumenta a minha auto-estima, torna-me umapessoa melhor.Reorganiza as coisas. Liberta-me."Não quer sair comigo?! - então, foda-se!""Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! - então,foda-se!"O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição.Os palavrões não nasceram por acaso. São recursosextremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabuláriode expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossosmais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sualíngua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar quevingará plenamente um dia."Comó caralho", por exemplo. Que expressão traduz melhor aideia de muita quantidade que "comó caralho"?"Comó caralho" tende para o infinito, é quase uma expressãomatemática.2A Via Láctea tem estrelas comó caralho!O Sol está quente comó caralho!O universo é antigo comó caralho!Eu gosto do meu clube comó caralho!O gajo é parvo comó caralho!Entendes?No género do "comó caralho", mas, no caso, expressando amais absoluta negação, está o famoso "nem que te fodas!".Nem o "Não, não e não!" e tão pouco o nada eficaz e já semnenhuma credibilidade "Não, nem pensar!" o substituem.O "nem que te fodas!" é irretorquível e liquida o assunto.Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividadesde maior interesse na tua vida.Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carropara ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.Solta logo um definitivo:"Huguinho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!".O impertinente aprende logo a lição e vai para o CentroComercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema,e tu fechas os olhos e voltas a curtir o CD (...)Há outros palavrões igualmente clássicos.Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou o seucorrelativo "Pu-ta-que-o-pa-riu!", falado assim, cadenciadamente,sílaba por sílaba.Diante de uma notícia irritante, qualquer "puta-que-o-pariu!", ditoassim, põe-te outra vez nos eixos.Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para sereorganizarem e encontrarem a atitude que te permitirá dar ummerecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça.E o que dizer do nosso famoso "vai levar no cu!"? E a suamaravilhosa e reforçadora derivação "vai levar no olho do cu!"?Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seusquando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha deseu interlocutor e solta:"Chega! Vai levar no olho do cu!"?Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima.Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olharfirme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovadoamor-íntimo nos lábios.E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão demaior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu-se!". E asua derivação, mais avassaladora ainda: "Já se fodeu!".Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora parauma situação que atingiu o grau máximo imaginável deameaçadora complicação?Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autornum providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algoassim como quando estás a sem documentos do carro, semcarta de condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti amandar-te parar. O que dizes? "Já me fodi!"Ou quando te apercebes que és de um país em que quase nadafunciona, o desemprego não baixa, os impostos são altos, asaúde, a educação e … a justiça são de baixa qualidade, osempresários são de pouca qualidade e procuram o lucro fácil eem pouco tempo, as reformas têm que baixar, o tempo para adesejada reforma tem que aumentar … tu pensas “Já me fodi!”Então:Liberdade,Igualdade,Fraternidadeefoda-se!!!Mas não desespere:Este país … ainda vai ser “um país do caralho!”Atente no que lhe digo!

Millôr Fernandes






30 maio 2007

É assim uma américa...

Daqui a muitos muitos anos, quando velhinho for, estiver de papo cheio e tomates vazios, e às portas do paraíso de malas aviadas, depois de termos criado uma nova fé neste mundo baseada no Bino... com mais seguidores que os chineses mortos na Revolução, hei-de durante nove daqueles dez segundos em que, dizem, revemos a vida antes de padecer, recordar os momentos passados na abençoada Pensão. Que, diga-se, não são mais que quatro paredes que unem muita malta Iluminada.
Mas antes de tal acontecimento Histórico, que marcará uma nova era no desenvolvimento da Humanidade, há que referir que um ciclo se fechou...novos inquilinos habitam os cantos da dita.
Parece mesmo que tudo tem um fim - tal como o Eusébio teve de abandonar o futebol e deixar o Benfica sem sucessor à altura - tal como o Artur Jorge veio acabar com os gloriosos dias do SLB em finais de Ligas dos Campeões - e tal como o Nuno Gomes há-de morrer um dia e eventualmente deixar de foder o Glorioso - a Pensão tem novos Moradores.
No decorrer desta novela da TVI que são as vidas de todos nós - cheias de miudas dos morangos com açucar - vejamos o que sucedeu ao anteriores Pensionistas.
Dois dos mais maiores grandes do Mundo todo, a Peste e a Guerra, seguindo a tradição dos primeiros pensionistas, que se calcula tenham surgido aquando da fundação da Divina Universidade de Coimbra, ao fim de anos de estudo e uma ou duas cadeiras feitas, abandonaram a agitação Pensionista e a vida académica, para se dedicarem a actividades mais contundentes com o avançar da idade e com a sustentação das suas famílias e barrigas como: mamar minis em esplanadas, mamar minis a ver a bola, mamar minis nos bailes de verão, mamar vinho novo e jeropiga no são martinho, mamar Bino e minis nas matanças do porco, entre muitas outras extenuantes actividades.
Batatas cozidas dão sono tentou por poucos meses viver o sonho Americano, trabalhou que nem cão por tuta e meia na construção de habitações caninas, mas não resistiu ao encanto das latinas, rechonchudas morenas e roliças, tendo que fugir a sete pés de grupos organizados de pseudo intelectuais, munidos de armas e com protecção extracraneal (lenços estupidos enrolados na cabeças) conhecidos como gang´s.
Escondido num contentor de cebolas de um cargueiro espanhol, veio para terras Lusas, tem agora a ambição de passar para o segundo ano de Direito estudando com afinco todos os meses durante uma hora (diga-se que há uns bons 4/5 anos estuda em Coimbra).
Por fim a Morte, este eterno membro Pensionista (autor desta cagada de merda) diambula pelos corredores obscuros e diabólicos do poder Nacional, como tal não podemos revelar a sua verdadeira localização ou situação social (pensa-se no entanto que continua a procura pela mulher dos sonhos de qualquer Homem - entenda-se que o verdadeiro Homem é um Ser avesso a paneleirices e sentimentalismos proclamados por gerações de Hipyes e de liberais Franceses - uma verdadeira 3B [Bonita-Boa-Burra]).
Não obstante a este Funesto Fado os antigos continuam a pairar em certos dias dos mês na Pensão.
Os novos donos da casa (e donas) continuaram na melhor tradição Pensionista, apesar de manterem a casa numa certa ordem e higiene, arrepiante para os da velha escola, mas eventualmente acabamos por dar valor a uma casa de banho cheirosa e uma cozinha arrumada.
Sob a Batuta do Mestre Cabeças coadjuvado pela Mestrina Cabeças ainda bebem vinho à grande e à cona da mãe... o que cria um certo sentimento de bem estar e nostalgia cada vez que ficamos alojados na estrebaria.
Muitas, Muitas estórias se continuam a desenrolar... das quais tentaremos aqui colocar...


21 fevereiro 2007

Fim de Semana Alucinante (Outra Vez) - 3º Dia

Chegado à Pensão a fome já apertava... Deparo-me com um cenário Dantesco, corpos embebidos em Bino amontoavam-se, e Tó (a Guerra) talvez por não ter chão para se deitar, gentilmente, dormitava no lavatório.
Após cumprimento inicial - "Putas chegou o Vitor", o Barrondio que dormitava no lavatório brandiu algumas sílabas, imperceptíveis ao ouvido humano.
Após longo suplicio lá consegui convencer um caloiro perdido, que pela casa tinha arrochado, a tomar rumo do Pingo Doce e comprar mais uma tonelada de febras, não esquecendo outra Box de bom Bino... .
Pelo cheiro ter chegado às narinas do Fernando (a Peste) que, por certo, sonhava com os anjos (assexuados), ou por lhe ter dado aquele aperto na saca que armazena os resquícios do bom Bino (a bexiga) ele lá se levantou e foi à cozinha... Estavam, mais uma vez, reunidas três das Divindades Funestas, como diria o povo "outra vez".
Escusado será repetir o mote da tarde...comer e beber à cona da mãe.
Outras gentes se ajuntaram as Divindades, umas que já haviam tirado a sesta pelos chãos da Pensão, e outras que foram chegando. A tarde deu lugar à noite e lá nos encaminhamos para a AAC.
Na AAC, mais uma vez, por obra e graça do divino espírito do Bino, fizemos muita, mas mesmo muita merda... .Merda da qual me escuso de comentar aqui[H], no que toca à minha parte, digamos que outros valores se levantaram e tive de ir visitar outras realidades, nomeadamente no 1º piso da dita associação. Mas não obstante esta lacuna temporal, fui informado, posteriormente, que os restantes Pensionistas andaram pelo mesmo caminho[H], e claro que Tó (a Guerra) tudo fez para afiambrar uns jovenszitos duma estrebaria escolar do norte da Nação.
Da restante noite - e mais uma vez peço ajuda - está tudo como a 2ª circular em dia de chuva, confuso comá merda, penso termos, pra variar, acabado a noite no Noites Longas, fazendo rezas e danças por mais um fino... .

[H] - À enigmática letra H, estão associadas estórias deste FSA que mereciam aqui ser rabiscadas para ganharem o seu lugar na História. Estórias que só perduram dentro do Universo Pensionista, que são transmitidas pessoalmente e ao longo de gerações. E por tal não queremos ferir suceptibilidades dos intervenientes alheios ao Mundo Pensionista que entraram neste episódio. Espero até que nenhum(a) se reveja, uma vez que espero viver até ao trinta sem ser alvo de maldições ou vudus.



16 fevereiro 2007

Fim de Semana Alucinante (Outra Vez) - 2º Dia

Hora de acordar era imposta pelo sol, que já alto, penetrava na janela... e ainda bêbedos assim o fizemos. Tomámos um azimute (Pingo Doce) e lá fomos comprar febras para acompanhar a box de vinho que houvera trazido.
Um repasto de Reis impunha-se: febras, entrecosto, espetadas, pão, feijão e Bino muito Bino. O cheiro, inevitavelmente, penetrou nas narinas do Tó. Este dirige-se à cozinha e cumprimenta as gentes que petiscam; "Putas chegou o Vitor", a gentes que petiscam replicam; "Come neste oh corno", e ajunta-se para o pequeno almoço - a mais imporante refeição do dia, nas doses certas, e a horas decentes, como se verifica.
Com tal refeição, e com a melhor das companhias, resolvemos, após decisão complicada, juntar o pequeno almoço ao almoço, e fodas já que estavamos na onda, porque não juntar o petit déjeuner ao lanche?!
Assim foi feito... . Outras gentes se foram ajuntar à extenuante refeição, até que um alguém, numa daquelas afirmações que perdurará para sempre na Humanidade: Fernando Pessoa deixou para a História ; "Ao princípio estranhas-se, depois entranha-se", Camões; " O amor é fogo que arde sem se ver" e Luís Filipe Vieira " Vamos chegar aos 300.000 socios" - referiu; "e porque não fazer o jantar na Pensão?" Foi o Fim do Mundo... .
Naquela mesa quadrada todos concordaram, e Paulito "o chefe culinário" tratou do respasto.
A refeição sagrada estava a ser preparada, aquando pelos presentes foi presenciado um aconteciemento arrepiante, capaz de chocar o pior dos sado-masoquistas, a Box verteu a última gota de bom Bino. Todos entrámos em panico, gritos de horror ecoavam na Pensão...até que alguém notou que não eram mais de sete horas da tarde, e o Pingo Doce estava aberto, o Mundo ganhou um novo sentido, e é nestas alturas que se aplica a temível frase "A Vida é Bela".
A refeição Divina foi servida, Bino e mais Bino foi bebido, garrafas e Boxes dele foram distribuidas pelos presentes, e o jantar perdurou pela noite dentro...
Desta estória por aqui me fico[H], em primeiro porque não presenciei o resto da actividade nocturna - agradeço por isso colaboração neste epísodio - em segundo porque o Bino levou-me a locais de encanto mágico e inegualável, o que não me impediu de fazer merda à estúpido. Podemos culpar o Bino? Claro que não, seria blasfemar sobre o mais sagrado dos liquídos.
A noite deu lugar ao dia...e bebedo lá me dirigi de novo à Pensão.

To Be Continued

15 fevereiro 2007

Fim de Semana Alucinante (Outra Vez) - 1º Noite

A realização de um qualquer "Fim de Semana Alucinante", começa com o encontro da maioria das divindades Funestas, a mencionar: a Peste, a Guerra, as Batatas cozidas dão Sono, ou a Morte.
Do encontro de pelo menos três, das acima referidas, desencadear-se-à uma terrível cadeia de acontecimentos, de longe pior que qualquer, hipotético Holocausto Nazi, Tsunamis no Sudeste Asiático, ou destruição de Torres Gémeas.
Comecemos por referir que, "Fim de Semana Alucinante" (a partir de agora designado por FSA) é um conjunto de dias - que podem ir de quarta-feira à noite, até domingo à hora de acordar - em que todo o Universo Pensionista, se junta para beber, sem parar, e fazer merda, sem notar.
O FSA que vamos de seguida abordar, ocorre em princípios de Dezembro.
Começa numa quarta à noite, em semana de aniversário da mais Nobre das Instituições Nacionais, a Impertial Tertúlia IN VINO VERITAS.
Após um aceso debate sobre a Praxis, os pensionistas - A peste, a Guerra e a Morte -já estavam com a narça. Das horas seguintes apenas posso tentar adivinhar; suponho que jantámos, num qualquer sitío requintado, tipo cantinas Azuis. De seguida, provavelmente, tivemos um pequeno ensaio, onde voltámos a apanhar a narça - para quem não sabe, a narça é uma espécie de animal irrequieto, que apareçe em noites de boémia, costumando dar azo a certos jogos como "a apanha da narça" - e prosseguimos para a AAC.
A cerveja, por certo, não terá faltado...mas lembro-me, vagamente é claro, e suponho que nunca tal aconteceu, que os três pensionistas realizam tarefas abruptas, desumanas até, ou seja, fizeram muita, mas mesmo, muita merda[H].
Após muita, mas mesmo muita, merda feita[H], nada melhor para exorcizar as maleitas dos espirítos que O Noites Longas. Muitas danças e rezas foram requeridas aos deuses, e eles responderam........com mais um Fino. Mas o espiríto tocado nunca se acalma, tivemos pois, que recorrer à arma secreta, ao pior dos remédios (mas há piores) ir comer umas iscas ao Velho, e beber um Bino estragado. Longos metros têm o caminho que divide O Noites Longas do Velho, mas conseguimos, ficando na memória aquelas putas tristes que deixavámos pra trás.
De rastos chegámos a Pensão, comemos mais uma pouca e fomos dormir, que já há muito o astro que faz doer os olhos dos que de noite vivem, se tinha levantado e perto estava a hora em que era exigido acordar para a compra de Bino e febras no Pingo Doce....

To Be Continued

09 fevereiro 2007

É assim uma vida...

Prévio à publicação de todas as Histórias, inerentes à grandiosa Pensão, temos de preparar os futuros leitores para os factos que se seguem...
Em primeiríssimo lugar, especial atenção ao facto que a Malta é jovem, logo, pode dizer e fazer o que bem lhe apetece - "É fazendo Merda que se aduba a vida" [©1].
Claro que, critícas à parte, somos Orgulhosamente Portugueses, o que quer dizer, que está no nosso Funesto Fado sermos pessímistas e displicentes durante a nossa estadia nestas Bandas Terrenas - "É assim uma vida..." [©2].
Para quem pensa conhecer o significado da palavra displicente, desde ja fique sabendo que, mesmo no mais absoluto desleixo, nós pensionistas, realizamos acções de mértio Mundial, às quais os Prémios Nobéis em nada se assemelham. Passando a demonstrar;
É de bom tom Beber até puder - "emborcar", "Apanhar a Puta", "apanhar a Narça" e, também por vezes, o comum, " Beber à cona da mãe" [©3].
É, de igual tom, comer até caber - "Encher as Fuças de...." ou " Comer que nem um animal" vulgarmente substituido pelo - "Javardar " [©4].
Num qualquer dia normal - "não fazer um cú" [©5] é imperativo masculino. Segue-se, a denominada, apreciação do chamado "vaquedo" [©6], expressão nada diminutiva do género feminino, uma normativa Nacional, que qualquer bom Homem se esforça por cumprir.
De um dos expoentes intelectuais desta geração, surgiu a mitíca - "Enchia-te essa tripa com meita" [©7], expressão que irradia o sentimento primitivo de qualquer homem na sua busca, incessante, pela felicidade imediata. É neste contexto que surgiram outras, mediáticas, expressões como - "Caloira de quatro" [©8].
De qualquer modo, a Educação está sempre presente no espírito pensionista, é de bom tom anunciar a nossa presença com a celebre - "Putas chegou o Vitor" [©9] à qual deveremos sempre retorquir com - "Come neste..." [©10] acrecentando, se assim o entendermos um "Come neste oh filha da puta" ou "come neste oh corno manso" [©11].

Copyright © -

©1, 8 - Tamagoshy
©2, 9, 10 - Fernando
©3, 4, 5, 6, 11- Espressões de uso comum ao Universo Pensionista
©7 - Apalpado


© As frases acima citadas, são pela lei dos Homens e de Deus, dos pensionistas que as criaram e revelaram ao Mundo, em nenhum caso podem ser utilizadas, por outros, que não nós, Os Pensionistas.
A simples leitura em voz alta das mesmas é considerada uma ofensa grave, susceptível da pena máxima.
Pena esta consagrada nas, já referidas, Leis dos Homens e de Deus, que desencadeará uma maldição horrível q vos fará nascer um corno nas nalgas, ter mulheres anoréticas com busso e filhos gays, com tendência para a animalidade com gatos.

11 janeiro 2007

Estrebaria...Caracteristicas

A estrebaria situada, onde só os que la deixaram marca sabem, é um Anto verdadeiramente único na villa de Coimbra. Veja-se;
Um amplo local, de belas vistas, recordem-se que dá acesso aos lugares cativos do 3º anel do Glorioso Estádio do União de Coimbra. Transportes públicos à porta, o 7, e a linha do comboio. Locais de Abastecimento como; Pingo Doce (Local de Culto no que toca a Febras e Vinho), a Vitrice, para o bagaço Matinal. e recentemente uma loja polivalente de refugiados chineses.
No seu Interior possui um elevador de carga que pode elevar 30 ou 40 pessoas (somalís) até ao topo, onde se situa a entrada para a dita Pensão, impossível de perder, pois os Neons Vermelhos revelam claramente a localização.

O antro, propriamente dito, tem inumeras divisões; 4 Quatros, 3 Wc´s, Cozinha, despensa, e Sala de Chuto, ainda possui Sala de Gimnastica, para mantermos a nossa boa saúde, como podemos reparar no seguinte video.

Alem desta magnifica sala tem, igualmente, uma sala de repasto e descanso, a chamada sala de chá, local de inigualáveis dimensões, exemplarmente decorada, um local de culto.
Para finalizar existe a sala mistério, a sala secreta onde nunca ninguém vai, uma divisão onde, literalmente, nunca ninguem la põe os pés, cheia de mitos, e lendas, de onde emanam estranhos sons, gemidos e gritos arrepiantes que não nós fazem acordar à noite.....tal é sempre o carrego de Binho:)




09 janeiro 2007

Pensionistas...Os Originais

Quis o Funesto Fado unir quatro marmajos, apelidados por algumas correntes de pensamento pós-apocaliptico de "Os Causadores dos Males do Mundo Todo".
Este quarteto fantástico, A Morte (Tamagoshy), a Peste (Fernando), a Guerra (Tó com os Copos), e Batatas cozidas dão sono (Chaves), uniram-se em segredo e fundaram A Penão In Vino.

Um antro pacato, local de profundas reflexões filosoficas, sempre com uma caneca de chá de Cidreira à mistura;

APRESENTANDO;

Fernando - AKA - "Peste";








Tó (com os copos)- AKA - "Guerra";









Chaves - AKA - "As batatas cozidas dão sono";










Tamagoshy - AKA - "Morte";










Assim se revelam os "Quatro primeiros" fundadores da pensão, que dará abrigo a meio mundo e a outros tantos Instrumentos.

04 janeiro 2007


Dizem que as sequêlas não costumam valer de nada...Agr é que isto vai ficar interressante.... O começo fi-lo eu, agr cabe aos restantes escreverem até partirem as unhas, cortarem as pontas dos dedos e gastarem os ossos. Não se inibam, a todos quantos beberam, dormiram, ressacaram, e esfodaçaram na Pensão.... escrevam até que o cú sentado na cadeira vos doa, crie hemorroídas, e sangre como se tivessem corrimento vaginal em epoca de cio. Esta merda há-de dar um Livro, que irá ser mais lido no Mundo que a Bíblia, criando a Nossa propria Religião. Nós e as nossas descendências, haveremos de ser pastores de muitos rebanhos, (e com sorte haveremos de esfodaçar muitas ovelhas). Seremos considerados novos Deuses que vivem la no alto do Olímpo, tipo 10, ou 20 metros acima do pico da serra da Estrela. E quando formos velhinhos, estivermos satisfeitos, de papo cheio, e às portas da morte, podemos morrer como filhas da puta descansados, sebendo que por certo ao terceiro dia ressucitaremos pra beber mais um copo do bom VINHO. Ao partirmos para outro Mundo, haveremos de deixar o nome na História. Guerras Santas e Novas Cruzadas irão derramar muito sangue, fome, guerras e pestes nesta boa Terra, tudo no nosso bom nome, Inquisições hão-de proteger-nos, seremos louvados e adorados... Muitos rebanhos hão-de esperar pela vinda dos Salvadores que conheciam a Verdade... MAS NESSE PRECISO MOMENTO ESTAREMOS TODOS JUNTOS, A COMER E A BEBER MESMO À CONAS DA MÃE, LÁ NO OLÍMPO, 10, 2O METROS, ACIMA DA SERRA DA ESTRELA.

20 dezembro 2006

A Pensão....The begining


Corria o ano da graça do Senhor de 2004. Era verão, o calor chegara à Eterna Cidade. Parecia que o Inferno, o Sahara, e o estádio da luz em dia de derby haviam chegado a Coimbra. As àguas do Mondego borbulhavam, cardumes inteiros davam à Margem já cozidos, quase prontos a comer, não fossem Tainhas, sagrados peixes, que comem merda. A ponte Sta Isabel encontrava-se deformada, o calor havia quebrado a resistência do aço. O alcatrão derretia, e os carros circulavam apenas com jantes pois os pneus à muito haviam ficado presos ao pavimento. As àrvores transformavam-se em cinzas em questão de segundos. Os noyas, esses seres iluminados por uma qq luz violeta, subitamente pareciam Skin-Heads, quais cavaleiros do Apocalypse, haviam rapado as rastas com medo de auto-combustão. Havia cães, gatos e ratos a correr em chamas, parecendo máquinas de pipocas pois ouvia-se o cruel estalar dos seus piolhos e pulgas. E os pardais, os pardais, pobres bestas voadoras que tanta fome fizeram passar aos Chineses durante a sua Revolução; eram agora parte dos terríveis desígnios da Mãe Natureza, pareciam meteoros caindo a cada esquina e iniciando inumeros focos de incêndios. Uma mera cuspidela para o chão evaporava mesmo à saída dos lábios, transmutando-se em gás Saryn.... E neste Inferno que desceu à Terra o filha da puta do Chaves fumava que nem um cavalo enquanto esperavamos pelo Tó.... há cada cona da mãe neste mundo... FDX.
Assim começa uma das maiores aventuras da História, à qual só Íliadas e Lusíadas servem de termo de comparação.
Uma Epopeia de gigantescas dimensões.... que ainda continua a ser escrita....E perdurará para sempre....