10 março 2008

Porque houve Homes que viram a Luz antes de Nós

Os leitores assiduos, se é que os há, já devem ter reparado que isto tem vindo a váriar de tamanho de letra.
Começou em grande, mas a pujança foi-se de fininho, como um Home em dia de borratchera...no começo as roliças são lindas e quase todas afalfáveis, mas se o Bino toma conta de nós no memento da verdade as coisas ficam mais complicadas...é o Fim.
É o que se passa com este antro de podridão, igual às descargas de frutas em locais menos apropriados aquando do começo da PAC, ao fim de um certo tempo fede pra todos, menos para os que estão habituados à coisa.

Deixo-vos, mais um, um dos Nossos, um daqueles que tal, daqueles que a gente sabe, aliás, alguns de Nós sabemos...infelizes os outros...


“Deve-se estar sempre embriagado. Nada mais conta.
Para não sentir o horrível fardo do tempo em que esmaga os vossos ombros e vos faz pender para a terra, deveis embriagar-vos sem tréguas.
Mas de quê? De vinho, de poesia ou de virtude.
À vossa escolha. Mas embriagai-vos. E se algumas vezes, nos degraus de um palácio, na erva verde de uma vala, na solidão baça do vosso quarto, acordais já diminuída ou desaparecida a embriaguez, perguntai ao vento, à vaga, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo que foge, a tudo o que geme, a tudo que rola, a tudo que canta, a tudo que fala, perguntai que horas são.
E o vento, a vaga, a estrela, a ave, o relógio vos responderão: “São horas de vos embriagardes. Para não serdes os escravos martirizados do tempo, embriagai-vos sem cessar.
De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha”.

Charles-Pierre Baudelaire, vulgo "antecessor dos Mais Maiores Grandes do Mundo Todo"