21 fevereiro 2007

Fim de Semana Alucinante (Outra Vez) - 3º Dia

Chegado à Pensão a fome já apertava... Deparo-me com um cenário Dantesco, corpos embebidos em Bino amontoavam-se, e Tó (a Guerra) talvez por não ter chão para se deitar, gentilmente, dormitava no lavatório.
Após cumprimento inicial - "Putas chegou o Vitor", o Barrondio que dormitava no lavatório brandiu algumas sílabas, imperceptíveis ao ouvido humano.
Após longo suplicio lá consegui convencer um caloiro perdido, que pela casa tinha arrochado, a tomar rumo do Pingo Doce e comprar mais uma tonelada de febras, não esquecendo outra Box de bom Bino... .
Pelo cheiro ter chegado às narinas do Fernando (a Peste) que, por certo, sonhava com os anjos (assexuados), ou por lhe ter dado aquele aperto na saca que armazena os resquícios do bom Bino (a bexiga) ele lá se levantou e foi à cozinha... Estavam, mais uma vez, reunidas três das Divindades Funestas, como diria o povo "outra vez".
Escusado será repetir o mote da tarde...comer e beber à cona da mãe.
Outras gentes se ajuntaram as Divindades, umas que já haviam tirado a sesta pelos chãos da Pensão, e outras que foram chegando. A tarde deu lugar à noite e lá nos encaminhamos para a AAC.
Na AAC, mais uma vez, por obra e graça do divino espírito do Bino, fizemos muita, mas mesmo muita merda... .Merda da qual me escuso de comentar aqui[H], no que toca à minha parte, digamos que outros valores se levantaram e tive de ir visitar outras realidades, nomeadamente no 1º piso da dita associação. Mas não obstante esta lacuna temporal, fui informado, posteriormente, que os restantes Pensionistas andaram pelo mesmo caminho[H], e claro que Tó (a Guerra) tudo fez para afiambrar uns jovenszitos duma estrebaria escolar do norte da Nação.
Da restante noite - e mais uma vez peço ajuda - está tudo como a 2ª circular em dia de chuva, confuso comá merda, penso termos, pra variar, acabado a noite no Noites Longas, fazendo rezas e danças por mais um fino... .

[H] - À enigmática letra H, estão associadas estórias deste FSA que mereciam aqui ser rabiscadas para ganharem o seu lugar na História. Estórias que só perduram dentro do Universo Pensionista, que são transmitidas pessoalmente e ao longo de gerações. E por tal não queremos ferir suceptibilidades dos intervenientes alheios ao Mundo Pensionista que entraram neste episódio. Espero até que nenhum(a) se reveja, uma vez que espero viver até ao trinta sem ser alvo de maldições ou vudus.



16 fevereiro 2007

Fim de Semana Alucinante (Outra Vez) - 2º Dia

Hora de acordar era imposta pelo sol, que já alto, penetrava na janela... e ainda bêbedos assim o fizemos. Tomámos um azimute (Pingo Doce) e lá fomos comprar febras para acompanhar a box de vinho que houvera trazido.
Um repasto de Reis impunha-se: febras, entrecosto, espetadas, pão, feijão e Bino muito Bino. O cheiro, inevitavelmente, penetrou nas narinas do Tó. Este dirige-se à cozinha e cumprimenta as gentes que petiscam; "Putas chegou o Vitor", a gentes que petiscam replicam; "Come neste oh corno", e ajunta-se para o pequeno almoço - a mais imporante refeição do dia, nas doses certas, e a horas decentes, como se verifica.
Com tal refeição, e com a melhor das companhias, resolvemos, após decisão complicada, juntar o pequeno almoço ao almoço, e fodas já que estavamos na onda, porque não juntar o petit déjeuner ao lanche?!
Assim foi feito... . Outras gentes se foram ajuntar à extenuante refeição, até que um alguém, numa daquelas afirmações que perdurará para sempre na Humanidade: Fernando Pessoa deixou para a História ; "Ao princípio estranhas-se, depois entranha-se", Camões; " O amor é fogo que arde sem se ver" e Luís Filipe Vieira " Vamos chegar aos 300.000 socios" - referiu; "e porque não fazer o jantar na Pensão?" Foi o Fim do Mundo... .
Naquela mesa quadrada todos concordaram, e Paulito "o chefe culinário" tratou do respasto.
A refeição sagrada estava a ser preparada, aquando pelos presentes foi presenciado um aconteciemento arrepiante, capaz de chocar o pior dos sado-masoquistas, a Box verteu a última gota de bom Bino. Todos entrámos em panico, gritos de horror ecoavam na Pensão...até que alguém notou que não eram mais de sete horas da tarde, e o Pingo Doce estava aberto, o Mundo ganhou um novo sentido, e é nestas alturas que se aplica a temível frase "A Vida é Bela".
A refeição Divina foi servida, Bino e mais Bino foi bebido, garrafas e Boxes dele foram distribuidas pelos presentes, e o jantar perdurou pela noite dentro...
Desta estória por aqui me fico[H], em primeiro porque não presenciei o resto da actividade nocturna - agradeço por isso colaboração neste epísodio - em segundo porque o Bino levou-me a locais de encanto mágico e inegualável, o que não me impediu de fazer merda à estúpido. Podemos culpar o Bino? Claro que não, seria blasfemar sobre o mais sagrado dos liquídos.
A noite deu lugar ao dia...e bebedo lá me dirigi de novo à Pensão.

To Be Continued

15 fevereiro 2007

Fim de Semana Alucinante (Outra Vez) - 1º Noite

A realização de um qualquer "Fim de Semana Alucinante", começa com o encontro da maioria das divindades Funestas, a mencionar: a Peste, a Guerra, as Batatas cozidas dão Sono, ou a Morte.
Do encontro de pelo menos três, das acima referidas, desencadear-se-à uma terrível cadeia de acontecimentos, de longe pior que qualquer, hipotético Holocausto Nazi, Tsunamis no Sudeste Asiático, ou destruição de Torres Gémeas.
Comecemos por referir que, "Fim de Semana Alucinante" (a partir de agora designado por FSA) é um conjunto de dias - que podem ir de quarta-feira à noite, até domingo à hora de acordar - em que todo o Universo Pensionista, se junta para beber, sem parar, e fazer merda, sem notar.
O FSA que vamos de seguida abordar, ocorre em princípios de Dezembro.
Começa numa quarta à noite, em semana de aniversário da mais Nobre das Instituições Nacionais, a Impertial Tertúlia IN VINO VERITAS.
Após um aceso debate sobre a Praxis, os pensionistas - A peste, a Guerra e a Morte -já estavam com a narça. Das horas seguintes apenas posso tentar adivinhar; suponho que jantámos, num qualquer sitío requintado, tipo cantinas Azuis. De seguida, provavelmente, tivemos um pequeno ensaio, onde voltámos a apanhar a narça - para quem não sabe, a narça é uma espécie de animal irrequieto, que apareçe em noites de boémia, costumando dar azo a certos jogos como "a apanha da narça" - e prosseguimos para a AAC.
A cerveja, por certo, não terá faltado...mas lembro-me, vagamente é claro, e suponho que nunca tal aconteceu, que os três pensionistas realizam tarefas abruptas, desumanas até, ou seja, fizeram muita, mas mesmo, muita merda[H].
Após muita, mas mesmo muita, merda feita[H], nada melhor para exorcizar as maleitas dos espirítos que O Noites Longas. Muitas danças e rezas foram requeridas aos deuses, e eles responderam........com mais um Fino. Mas o espiríto tocado nunca se acalma, tivemos pois, que recorrer à arma secreta, ao pior dos remédios (mas há piores) ir comer umas iscas ao Velho, e beber um Bino estragado. Longos metros têm o caminho que divide O Noites Longas do Velho, mas conseguimos, ficando na memória aquelas putas tristes que deixavámos pra trás.
De rastos chegámos a Pensão, comemos mais uma pouca e fomos dormir, que já há muito o astro que faz doer os olhos dos que de noite vivem, se tinha levantado e perto estava a hora em que era exigido acordar para a compra de Bino e febras no Pingo Doce....

To Be Continued

09 fevereiro 2007

É assim uma vida...

Prévio à publicação de todas as Histórias, inerentes à grandiosa Pensão, temos de preparar os futuros leitores para os factos que se seguem...
Em primeiríssimo lugar, especial atenção ao facto que a Malta é jovem, logo, pode dizer e fazer o que bem lhe apetece - "É fazendo Merda que se aduba a vida" [©1].
Claro que, critícas à parte, somos Orgulhosamente Portugueses, o que quer dizer, que está no nosso Funesto Fado sermos pessímistas e displicentes durante a nossa estadia nestas Bandas Terrenas - "É assim uma vida..." [©2].
Para quem pensa conhecer o significado da palavra displicente, desde ja fique sabendo que, mesmo no mais absoluto desleixo, nós pensionistas, realizamos acções de mértio Mundial, às quais os Prémios Nobéis em nada se assemelham. Passando a demonstrar;
É de bom tom Beber até puder - "emborcar", "Apanhar a Puta", "apanhar a Narça" e, também por vezes, o comum, " Beber à cona da mãe" [©3].
É, de igual tom, comer até caber - "Encher as Fuças de...." ou " Comer que nem um animal" vulgarmente substituido pelo - "Javardar " [©4].
Num qualquer dia normal - "não fazer um cú" [©5] é imperativo masculino. Segue-se, a denominada, apreciação do chamado "vaquedo" [©6], expressão nada diminutiva do género feminino, uma normativa Nacional, que qualquer bom Homem se esforça por cumprir.
De um dos expoentes intelectuais desta geração, surgiu a mitíca - "Enchia-te essa tripa com meita" [©7], expressão que irradia o sentimento primitivo de qualquer homem na sua busca, incessante, pela felicidade imediata. É neste contexto que surgiram outras, mediáticas, expressões como - "Caloira de quatro" [©8].
De qualquer modo, a Educação está sempre presente no espírito pensionista, é de bom tom anunciar a nossa presença com a celebre - "Putas chegou o Vitor" [©9] à qual deveremos sempre retorquir com - "Come neste..." [©10] acrecentando, se assim o entendermos um "Come neste oh filha da puta" ou "come neste oh corno manso" [©11].

Copyright © -

©1, 8 - Tamagoshy
©2, 9, 10 - Fernando
©3, 4, 5, 6, 11- Espressões de uso comum ao Universo Pensionista
©7 - Apalpado


© As frases acima citadas, são pela lei dos Homens e de Deus, dos pensionistas que as criaram e revelaram ao Mundo, em nenhum caso podem ser utilizadas, por outros, que não nós, Os Pensionistas.
A simples leitura em voz alta das mesmas é considerada uma ofensa grave, susceptível da pena máxima.
Pena esta consagrada nas, já referidas, Leis dos Homens e de Deus, que desencadeará uma maldição horrível q vos fará nascer um corno nas nalgas, ter mulheres anoréticas com busso e filhos gays, com tendência para a animalidade com gatos.