21 fevereiro 2008

Fragmento Georgiano H.P. Lovecraft

Este poema (originalmente sem título) integra o conto "A Tumba".

Cheguem-se mais perto, meus rapazes, com as canecas de Cerveja,
E bebam ao presente, antes que acabe;
Que cada um empilhe uma montanha de carne no seu prato,
Pois comer e beber dá-nos alívio:
Então encham os vossos copos,
Que a vida logo passará;
Quando estás morto, nunca bebes ao teu rei ou à tua mulher!

Anacreonte tinha um nariz vermelho, assim diziam;
O que importa se tem um nariz vermelho se és alegre e feliz?
Deus me parta! Prefiro ser vermelho enquanto estou aqui,
Que branco como um lírio - e morto a metade do ano!
Então, Betty, minha dama,Anda cá dar-me um beijo;
Que no inferno não há filha de taberneiro como esta!


Jovem Harry, emborcando o mais depressa que pode,
Logo perderá a peruca e atirar-se-à para baixo da mesa,
Mas encha as taças e passe-as adiante;
Antes embaixo da mesa que embaixo do chão!
Portanto, festeje e brinque
Enquanto bebe sedento:
Debaixo de sete palmos de terra é menos fácil rir:

O Diabo bate-me fortemente! Eu mal posso andar,
E maldito seja eu se sou capaz de me levantar ou falar!
Aqui, taberneiro, mande a Betty trazer uma cadeira;
Vou tentar ir para casa um pouco, que a minha mulher não está lá!
Portanto, dê-me uma mão;
Eu não me estou a conseguir levantar,
Mas sou feliz enquanto estiver em cima da terra!

Muitos de vós não perceberão puto deste poema... alguns de vós irão almejar a percebe-lo... alguns, poucos, para não parecer mal, para alcançarem a pseudo-intelectualidade que vos dá "status", irão falar dele quando vos apouver, irão cita-lo num qualquer jantar em que uma personalidade importante goste do Bom Bino, irão até ousar dissertar sobre ele... Mas poucos, muito poucos, de NÓS, muito poucos, sabem bem o que quer dizer, ao que sabe, ao que cheira, e o que se sente!!!